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Carta aos companheiros

Compreender a história nacional é lutar contra o imperialismo

É por isso que o imperialismo quer apagar a história nacional — e por isso mesmo que devemos resgatá-la

Compreender a história do Brasil é uma tarefa política fundamental. O conhecimento do processo de formação do Estado Nacional brasileiro, seus acontecimentos determinantes e seus protagonistas verdadeiros é uma necessidade para aqueles que desejam transformar a realidade do País.

Em um momento em que os inimigos do Brasil — os monopólios internacionais, o imperialismo e seus agentes no interior do País — intensificam uma campanha sistemática de falsificação do passado nacional, torna-se ainda mais decisivo o combate a essas mentiras.

As universidades brasileiras, dominadas pelo identitarismo, cumprem um papel central nesse processo. Nas mãos da academia, a história do Brasil tem sido triturada e recombinada segundo critérios abstratos e esquemas teóricos afastados da realidade concreta. O resultado são teses, dissertações e artigos que mais parecem colchas de retalhos: textos ornamentais, desprovidos de rigor, sustentados por autores que se contradizem e que se afastam completamente do método marxista. Na ausência de uma orientação revolucionária, cada autor cria sua teoria individual da história, comprometendo-se mais com modismos acadêmicos do que com a verdade histórica.

A chamada historiografia tradicional, por sua vez, também falha em oferecer uma análise consequente da realidade nacional. Ela desvaloriza os fatos objetivos que marcaram o desenvolvimento do Brasil enquanto nação.

Essa operação não é por acaso. O ataque à história nacional é parte de uma campanha maior conduzida pelo imperialismo mundial contra os países oprimidos. O Brasil, como principal potência da América Latina, precisa ser enfraquecido, não apenas economicamente, mas ideologicamente. Para isso, é necessário desmoralizar o povo, destruir seu senso de unidade nacional e cortar sua ligação com a sua própria história.

Nessa campanha, os movimentos identitários cumprem um papel fundamental. Financiados por fundações estrangeiras, ONGs imperialistas e governos imperialistas, esses setores promovem interpretações da história que interessam unicamente aos inimigos do povo brasileiro: falsificações grosseiras, que apresentam o País como um território fracassado desde seu início, sem povo, sem cultura, sem luta.

Contra esse ataque, é necessário afirmar a concepção marxista da história. O materialismo histórico, método fundado por Marx e Engels, permite compreender os processos históricos a partir dos seus determinantes econômicos e sociais reais. É por esse método que podemos entender como se formou o Estado Nacional brasileiro, quais foram os interesses em jogo, como atuaram as classes dominantes e dominadas, e qual o papel dos movimentos populares e revolucionários ao longo dos séculos.

O estudo da história, para um partido operário e revolucionário como o PCO, é uma ferramenta de luta. A história do Brasil, compreendida corretamente, é uma arma nas mãos da classe operária e da juventude revolucionária. Ela revela que nada foi dado, que tudo foi conquistado com luta, e que as vitórias populares sempre dependeram da organização independente da classe trabalhadora.

Conhecer a história do Brasil é conhecer os caminhos para libertá-lo. É por isso que o imperialismo quer a apagar — e por isso mesmo que devemos resgatá-la.

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