Caetano Albuquerque

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2 de outubro

Nas ruas não tem espaço para a terceira via

A tentativa de transformar o ato fora Bolsonaro em ato de terceira via foi um fracasso

A manifestação do dia 2 de outubro demonstrou o quão verdadeira é a frase titular deste texto. Frente a vaias, os golpistas, direitistas da terceira via conhecidos pelo povo, tentaram ludibriar o público com sua demagogia habitual, atacaram Lula e depois correram para seus carros, alguns deles fugindo do povo enfurecido. Esta é a imagem básica da presença do PDT e do PSDB nas manifestações Brasil afora. É necessário repetir sempre que possível em casos como este: não é possível, na conjuntura política desta última década, qualquer acordo dos elementos da classe trabalhadora de esquerda com a burguesia, a crise política e econômica está demasiadamente desenvolvida.

Logicamente, portanto, segue-se que não é possível uma frente ampla “anti-fascista” com aqueles que usam o fascismo como carta na manga para seu próprio benefício.

Isso é um entendimento que, por experiência, já vem sendo adquirido pelo povo brasileiro. O crescimento do bolsonarismo, por exemplo, se explica na falta de confiança do povo na “promessa” centrista, de partidos como o PSDB, que são os partidos da burguesia imperialista no Brasil. Sem ter para onde ir, os elementos da direita, majoritariamente de classe média, esvaziam o centro, e formam as bases confusas da extrema direita bolsonarista. A polarização, agora assanha à esquerda, como o tem feito desde o primeiro de maio.

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VERDE-AMARELO. Corrente do PCdoB levou faixa com as cores da direita para o ato, que acabou sendo rasgada por manifestantes na Av. Paulista. Foto: Herculano Barreto Filho/Uol.

O que vemos é o mesmo tipo de desconfiança, porém, das bases esquerdistas abandonando os partidos e figuras da esquerda pequeno burguesa, que são incapazes de apoiar figuras como o Lula, e que continuam a procura de construir a terceira via para, potencialmente, eleger o candidato do imperialismo, ultra neo-liberal, tão esperto quanto a CIA o permite ser, porém não-bolsonarista, para presidente do país.  O jogo está aí: Sem saber, apoiam Bolsonaro, o candidato que irá ser apoiado por toda a corja burguesa do imperialismo norte americano no Brasil, caso o candidato que escolherem não se elevar a sua tarefa.

O partido procura sempre combater os elementos de direita que continuam tentando se infiltrar nas manifestações populares justamente por este motivo. Não estamos sozinhos por outro lado, vemos nestes últimos atos, especialmente agora no dia 2 de outubro, uma presença bem significativa de militantes e simpatizantes do PT e da CUT, que demonstraram ser completamente intolerantes a presença e fala de figures da direita da terceira via, como Ciro Gomes em São Paulo e outras figuras nefastas que foram convidadas por elementos da direção do Movimento Fora Bolsonaro, que não foi selecionada pelo povo e que não realiza plenárias de organização com o povo. A liderança tanto do PCdoB, que no dia seguinte ao ato, correu para defender Ciro Gomes contra as vaias, e PCB, o “partidão”, PSOL e outros continua insistindo na terceira via e no abandono do candidato mais popular da população brasileira, Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto isso, a direita aparece nos atos com a sua suposta “Militância” de brutamontes com ligação direta com a polícia. Não convencem de que são um partido real, com ligação qualquer com o povo.

Se analisarmos o que aconteceu no 2 de outubro, vemos claramente que não há espaço para a terceira via nos atos. Vimos a falha da tentativa de metamorfose do movimento fora Bolsonaro em movimento terceira via. O povo não quer essa imposição; quer Lula presidente e anulação das mazelas causadas pelo golpe. Quanto mais tentam, maior é a reação do povo, ou a esquerda pequeno-burguesa entende isso ou será atropelada junto com a direita pelo povo.

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