Caetano Albuquerque

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Editorial

O papel do nosso partido no fracasso da terceira via

Carta aos companheiros

Os acontecimentos da última semana foram o resultado da soma dos atos da esquerda desde maio e da campanha Bolsonarista. As manifestações do dia 12 e 7 pintaram bem o quadro político do Brasil: uma esquerda com potencial, porém sabotada pelo seu setor frente-amplista, um bolsonarismo forte com uma base mobilizada, pronto para 2022, e um centrão completamente esvaziado, sem base para as manifestações.

Para entender o quadro pintada é preciso responder algumas perguntas. A primeira dela talvez seja a mais importante de todas, a chave para entender todas as demais: por que os atos da terceira via foram um fracasso? A resposta para essa pergunta é simples, porque os setores que querem lançar a terceira via não têm base social. Onde está a base social desses setores? Essa pergunta responde outra; porque os atos bolsonaristas foram tão grandes? Porque uma parte significativa da base do centrão foi para a extrema-direita, outra, menor, foi para a esquerda. Esse é o efeito da polarização, o centro se esvazia. MBL, PDT, DEM e outros, estão ilhados, só têm apoio de robôs nas redes sociais.

A falência do centrão é a razão pela qual se insiste tanto em lançar a terceira via através das mobilizações de ruas, precisam cativar novamente uma base social para poder lançar uma candidatura viável para o ano que vem. A estratégia é de roubar da esquerda essa base.

Inicialmente o plano era de se infiltrar nas manifestações. Primeiro tentaram transformar em verde-amarelas as manifestações. Essa iniciativa não deu certo pois os atos do dia 19 de junho foram ainda mais vermelhos que os atos do dia 29 de maio. Depois tentaram através do falido superpedido de impeachment, assinado pela esquerda e por elementos da direita como Kim Kataguiri, Joyce Hasselman, Alexandre Frota e outros direitistas como menos alcance, começou uma campanha para levar esses setores para o ato do dia 3 de julho. O Partido da Causa Operária teve um papel central na luta contra essas iniciativas, expressamos da maneira mais acabada a oposição popular à frente ampla e aos setores golpistas. Nossa campanha pelo vermelho nas manifestações seguida contra presença do MBL e do PSDB nas manifestações dificultou muito a manobra da direita. O MBL não arriscou aparecer nas manifestações e após o massacra dos tucanos no dia 3 de julho em São Paulo fruto da nossa campanha política e do ódio da população, a direita tentou marcar a própria manifestação.

Após os atos bolsonaristas do dia 7 a campanha de que haviam fracassados, quando na verdade foi uma verdadeira demonstração de força do bolsonarismo, foi usada para tentar levar a esquerda às ruas. Não foi o suficiente. Está claro quem são esses setores, e por si só não vão conseguir se reerguer. Nosso partido assim como os Comitês de Luta tiveram um papel central na luta contra a frente ampla, na denúncia dos golpistas.

A próxima manobra é de chamar um ato para o dia 15 de novembro com a esquerda. Mais uma vez a esquerda está caindo no golpe. Precisamos então fortalecer a propaganda para o ato da esquerda no dia 2 de outubro e garantir que o movimento cresça de modo a impedir mais uma vez a infiltração da direita.

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